quinta-feira, março 30, 2006

Ensinamento do Pe. Maciel, LC - 1



Apresentamos aos caros leitores, trechos do farto epistolário do Pe. Marcial Maciel, LC.

Que seja útil!

“Talvez a Santa Igreja esteja vivendo os momentos mais difíceis da sua história. Bem poucas pessoas se dão contra do que significam os velhos inimigos, com os seus rancores, e o novo inimigo com a sua mentira e o seu ódio. Cristo quer que um grupo de almas veja este grande perigo e quer prepará-las para a defesa do seu Reino, a Igreja. Estas almas, estes homens, os homens do Reino, têm de se deixar formar por Cristo num espírito novo que, sem desprezar as fórmulas externas acidentais e usando delas enquanto servirem para realizar o seu empreendimento, se valham de novas forças e de novos métodos de organização e trabalho para conseguir a vitória.” (MACIEL, Pe. Marcial, LC. Carta de 1º de dezembro de 1948)

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“A crise que aflige a Igreja até dilacerar as fibras mais íntimas do coração do Vigário de Cristo é uma crise de fé, que, por desgraça, atinge maior grau de virulência, de dramaticidade e, sem dúvida, também de culpabilidade, na vida e na comunidade daqueles que foram chamados por especial vocação a ser luz, sal e fermento da Igreja e da sociedade. Lança-se mão de diversos fatores para explicar sociologicamente tão mortificante fenômeno religioso da época. Nós sabemos, porém, que quaisquer que sejam as circunstâncias explicativas ou atenuantes que se possam invocar para apreciar essa crescente decadência espiritual, talvez com equívoca simpatia e superficialidade, é inegável que pulsa no fundo dos fatos a falha trágica e misteriosa da liberdade humana, que se esquiva dos planos e dos desígnios de Deus rebelando-se contra eles. Hedonismo e fuga do sacrifício? Egoísmo e inchaço próprio? Haverá de tudo; mas o desenlace prático é sempre a autonomia moral e ideológica, sinônimo de indisciplina, que por sua vez é o clima e o terreno mais adequado para florescer o sincretismo relativista, que ampara e propicia as incoerências de vida, as claudicações e aberrações de todo gênero, que afeiam sem cessar o rosto da Igreja e dilaceram o coração do Pai comum. (...) A fé e a obediência que o Vigário de Cristo sente faltantes nas filas do laicato e do sacerdócio do nosso tempo hão de ser justamente o segredo e a forma mais genuína da nossa fidelidade a Cristo e à sua Igreja. É questão de ser ou de não ser. (...) Em obediência, em espírito de pobreza, no âmbito sexual, em caridade, em piedade, em abnegação..., dócil e intimamente à Sé Apostólica, continuaremos realizando, sem nos turbarmos nem confundir-nos com as tentações e falácias da época, a nossa vocação de cristão e de apóstolos.” (MACIEL, Pe. Marcial, LC. Carta de 27 de maio de 1968)

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“Às vezes vocês encontrarão pessoas ou instituições que, de uma ou outra forma, maquinam contra a Igreja; existem, por exemplo, alguns grupos dentro da própria Igreja que se dedicam a semear a confusão doutrinal e a quebrantar a fé e o afeto das pessoas para com o Papa. Neste caso, o nosso dever é, por um lado, abstermo-nos de julgar ou condenar estas pessoas, e, por outro lado, temos que desmascarar suas estratégias para evitar que causem dano aos nossos irmãos na fé. Respeitamos o ‘pecador’, mas resistimos energicamente ao seu pecado por amor à Igreja e por fidelidade ao nosso compromisso cristão.” (MACIEL, Pe. Marcial, LC. A Caridade Evangélica)

5 comentários:

Anônimo disse...

Olá, você conhece o Júlio Lemos, lia o blog dele (neste endereço que hoje você usa) ou ainda, é ele, com outro nome?...
sds

Rafael Vitola Brodbeck disse...

Caro anônimo, não posso responder-te, pois não sei quem és... Fica difícil assim... De qualquer modo, posto aqui: não conheço, e o blog dele era outro, de nome COMENTÁRIO ULTRAMONTANO. O meu é apenas O ULTRAMONTAMO.

Anônimo disse...

Simplesmente um engano lastimável que o excelente blog a Casa de Sarto tenha inscrito, entre seus links tradicionais este blog. Acho que ele fez uma avaliação apressada. Este blog aqui e seu autor, nao passam de neo-consercadores modernistas. Estão entre os tolos cegos que querem conciliar Vaticano II e Tradição, quando são visivelmente contraditórios (vide Mortalium Animos VS Unitatis Reitegratio/ Ut Unum sit). Típico dos irresponsáeis com a fé. São como aqueles macaquinhos: um não vê, outro não fala, outro não escuta, está com as mãos nas orelhas.

Anônimo disse...

Father ours, that stays in the sky, santificado either your name, comes we it your kingdom, either made your will thus in the land as in the sky. The bread ours of each day in you give them today. E you pardon us our offences, thus with us we pardon to who in has offended them. E in you do not leave them to fall in temptation, but you exempt us of the evil. Amen!
www.robertocarlosmoreira.com.br

Marcelo disse...

Tenho uma opinião muito contra e muito forte sobre o Catolicismo, mas
uma das poucas coisas boas que surgiram nos últimos 30 anos sob
os pináculos do Vaticano foi o comentário do Sr Bento sobre o Islã.
Falo sobre isso no meu blog*, por favor, não deixem de comentar sobre
o que eu escrevi.
Abraços a todos, em especial ao Rafael!

*www.chegadebobagens.blogspot.com

Cân. 750 – § 1. Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único depósito da fé confiado à Igreja, quando ao mesmo tempo é proposto como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer pelo seu magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum dos fiéis sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos têm a obrigação de evitar quaisquer doutrinas contrárias.

§ 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e acreditar também em tudo o que é proposto de maneira definitiva pelo magistério da Igreja em matéria de fé e costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor fielmente o depósito da fé; opõe-se, portanto, à doutrina da Igreja Católica quem rejeitar tais proposições consideradas definitivas.

Cân. 752 Não assentimento de fé, mas religioso obséquio de inteligência e vontade deve ser prestado à doutrina que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos, ao exercerem o magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os costumes, mesmo quando não tenham a intenção de proclamá-la por ato definitivo; portanto os fiéis procurem evitar tudo o que não esteja de acordo com ela.