Já ouvi em mais de um lugar qualificarem os alertas de nossos nobres militares como exagerados e reflexos de uma teoria da conspiração, colocando-os no mesmo saco das absurdas acusações da cúpula do PT quanto a um suposto estratagema “das elites”, que teriam inventado a história do mensalão no governo Lula para desestabilizá-lo. O que de verdade há nisso? Serão os pronunciamentos dos oficiais das Forças Armadas e das Polícias Militares insanas elucubrações, medos infundados, maluquice mesmo?
Não é o que mostra a realidade. Rápida consulta aos jornais e revistas, e breve observação dos acontecimentos, servem de base para que nos alertemos: de modo sutil e paulatino avança a revolução cultural comunista, sem ser por todos notada. E quando o é, os que deveriam engrossar o coro dos que a identificam (certa imprensa, os partidos ditos “de direita”), fazem-se de desentendidos. Mais fácil e menos comprometedor do que dizer publicamente que o que ocorre é parte de um plano socialista, é tachar tal denúncia de inverossímil.
Diante disso, vamos aos fatos. Como é corrente falar, eles não mentem.
Nunca antes, v.g., o MST e a CUT tiveram tanto poder. Aquele aumentando as invasões, marchando com o patrocínio do Estado e recebendo gordas “doações” de verbas públicas para manter sua luta indisfarçadamente comunista. Até seu discurso não é mais contra o latifúndio improdutivo, mas contra o latifúndio tão só, contra a noção de propriedade – eles, aliás, decidem o que deve ser plantado pelos outros, e os desobedientes sofrem as represálias com a destruição de culturas e pesquisas. A CUT, de outra sorte, conseguiu finalmente um assento na Esplanada dos Ministérios.
Enquanto isso, permanecem sérias restrições legais ao porte de armas pelo povo ordeiro (o desarmamento geralmente precedeu os golpes totalitários), e caminham a passos largos a reforma universitária (que não respeita os entes particulares – propriedade privada –, troca o mérito pelo paternalismo injusto das cotas, inverte as necessárias hierarquias nas faculdades, tornando-as dependentes dos ditos movimentos sociais), os intercâmbios espúrios com Cuba (a ABIN em estreita colaboração com a polícia política de Fidel Castro, o caso dos médicos cubanos sem concurso nem revalidação do diploma), os negócios sujos com a China comunista (reconhecida por Lula como “economia de mercado”, e da qual foram comprados tratores de duvidosa qualidade para doar ao MPA, ramo dos agro-socialistas), a antidemocrática violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo (em “punição” por apontar as mentiras do Ministro Palocci), a centralização do regime sob a dura batuta da ex-guerrilheira Dilma Roussef, a politização de setores do Judiciário, o vergonhoso aparelhamento do Estado, o ressurgimento da cartilha estatizante na economia, a tentativa de amordaçar a imprensa (alguém lembra do Conselho?), o crescente populismo de Lula ao estilo Hugo Chávez (e orgulhoso, como Evo Morales, de sua própria ignorância e falta de cultura erudita). Sem falar do uso da ABIN para arapongagem partidária e do financiamento da eleição de Lula por Cuba e pelas FARC, já noticiadas por Veja. Lembre-se, ainda, as chefias do INCRA ocupadas por integrantes do MST, o aumento de tributos em típico ataque à livre iniciativa, a já histórica aliança do PT com o PC do B (que conquistou a chefia da Câmara com Aldo Rebelo: nunca um comunista declarado, da atroz linha albanesa, esteve no terceiro cargo mais importante da República!), e os reais motivos do caixa dois petista: perpetuar-se no poder!
Some-se a isso a influência do Foro de São Paulo – clube dos grupos esquerdistas latino-americanos, do PC cubano aos zapatistas e às FARC –, e a realização de suas metas (“recuperar na América o que foi perdido no Leste Europeu”), entre as quais a guinada à esquerda no Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia e Chile, os quais, com Cuba e a Venezuela, formam um bloco coeso para a ascensão da foice, do martelo e da estrela.
Não devemos nos preocupar? Quem tem olhos para ver...
Um comentário:
Rafael,
Excelente o alerta! E parabéns pelo cuidado na pesquisa dos dados que você nos traz!
Cordialmente,
Marina
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