
Que seja útil!
“Talvez a Santa Igreja esteja vivendo os momentos mais difíceis da sua história. Bem poucas pessoas se dão contra do que significam os velhos inimigos, com os seus rancores, e o novo inimigo com a sua mentira e o seu ódio. Cristo quer que um grupo de almas veja este grande perigo e quer prepará-las para a defesa do seu Reino, a Igreja. Estas almas, estes homens, os homens do Reino, têm de se deixar formar por Cristo num espírito novo que, sem desprezar as fórmulas externas acidentais e usando delas enquanto servirem para realizar o seu empreendimento, se valham de novas forças e de novos métodos de organização e trabalho para conseguir a vitória.” (MACIEL, Pe. Marcial, LC. Carta de 1º de dezembro de 1948)
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“A crise que aflige a Igreja até dilacerar as fibras mais íntimas do coração do Vigário de Cristo é uma crise de fé, que, por desgraça, atinge maior grau de virulência, de dramaticidade e, sem dúvida, também de culpabilidade, na vida e na comunidade daqueles que foram chamados por especial vocação a ser luz, sal e fermento da Igreja e da sociedade. Lança-se mão de diversos fatores para explicar sociologicamente tão mortificante fenômeno religioso da época. Nós sabemos, porém, que quaisquer que sejam as circunstâncias explicativas ou atenuantes que se possam invocar para apreciar essa crescente decadência espiritual, talvez com equívoca simpatia e superficialidade, é inegável que pulsa no fundo dos fatos a falha trágica e misteriosa da liberdade humana, que se esquiva dos planos e dos desígnios de Deus rebelando-se contra eles. Hedonismo e fuga do sacrifício? Egoísmo e inchaço próprio? Haverá de tudo; mas o desenlace prático é sempre a autonomia moral e ideológica, sinônimo de indisciplina, que por sua vez é o clima e o terreno mais adequado para florescer o sincretismo relativista, que ampara e propicia as incoerências de vida, as claudicações e aberrações de todo gênero, que afeiam sem cessar o rosto da Igreja e dilaceram o coração do Pai comum. (...) A fé e a obediência que o Vigário de Cristo sente faltantes nas filas do laicato e do sacerdócio do nosso tempo hão de ser justamente o segredo e a forma mais genuína da nossa fidelidade a Cristo e à sua Igreja. É questão de ser ou de não ser. (...) Em obediência, em espírito de pobreza, no âmbito sexual, em caridade, em piedade, em abnegação..., dócil e intimamente à Sé Apostólica, continuaremos realizando, sem nos turbarmos nem confundir-nos com as tentações e falácias da época, a nossa vocação de cristão e de apóstolos.” (MACIEL, Pe. Marcial, LC. Carta de 27 de maio de 1968)
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“Às vezes vocês encontrarão pessoas ou instituições que, de uma ou outra forma, maquinam contra a Igreja; existem, por exemplo, alguns grupos dentro da própria Igreja que se dedicam a semear a confusão doutrinal e a quebrantar a fé e o afeto das pessoas para com o Papa. Neste caso, o nosso dever é, por um lado, abstermo-nos de julgar ou condenar estas pessoas, e, por outro lado, temos que desmascarar suas estratégias para evitar que causem dano aos nossos irmãos na fé. Respeitamos o ‘pecador’, mas resistimos energicamente ao seu pecado por amor à Igreja e por fidelidade ao nosso compromisso cristão.” (MACIEL, Pe. Marcial, LC. A Caridade Evangélica)