domingo, maio 07, 2006

E a América tornou-se comunista!

Fidel Castro segue firme no comando supremo de Cuba, a ilha-prisão que envergonha o Caribe com seu sistemático desrespeito aos direitos humanos. Hugo Chávez insiste na associação dos governos de esquerda latino-americanos como contraponto a uma inexistente ameaça dos Estados Unidos – liderando eventos grotescos para externar sua falta de compostura vaiando George W. Bush –, além de conduzir com mão de ferro a política nacional-populista venezuelana e patrocinar, mundo afora, com o suado dinheiro dos seus cidadãos, as exaltações ao socialismo e aos ideais “bolivarianos” – a peça teatral em cartaz no Irã, o desfile da escola de samba no carnaval carioca etc. Nestor Kirshner empolga os argentinos com o calote no Fundo Monetário Internacional, em nítido protesto contra o capitalismo, sem embargo das políticas afinadas com o discurso moral das correntes socialistas: aborto, ataque à Igreja Católica, “casamentos” gay, eutanásia. Tabaré Vasquez é o primeiro presidente eleito no Uruguai em uma coalização pró-socialista, e já adota práticas intervencionistas na economia. Michelle Bachelet, no Chile, colhe os louros do desenvolvimento econômico – obra, na verdade, do “temível” Pinochet e seus Chicago Boys, que modernizaram as finanças chilenas nos anos 70 –, e aplica, no governo, a plataforma escondida na campanha (em entrevista ao prestigiado diário chileno La Segunda – conferir a sua edição digital em http://www.lasegunda.com/edicionimpresa/politica/detalle/index.asp?idnoticia=0220012006301S0260132, o senador socialista e ex-militante guerrilheiro do MIR, Carlos Ominami, confessou, em demonstração evidente de que ocultaram seu pensamento aos eleitores, enganando-os descaradamente: “Até o dia 15 de janeiro, tivemos que fazer um exercício muito grande de autocontenção”, mas “agora posso dizer coisas que antes não podia”, como a defesa do aborto, das uniões homossexuais, do combate aos valores familiares).


São esses os aliados de Lula em uma frente ampla de esquerdização da América Latina, conforme os pontos definidos pelo Fórum de São Paulo, grupo que reúne as organizações pró-comunistas do Continente (o leitor pode tomar mais conhecimento em
http://www.midiasemmascara.com.br/editoria.php?id=8). A este fórum adere explicitamente o PT: “Item 8: aprofundar a prática internacionalista do Partido, nos vários sentidos desta palavra: a solidariedade, as relações com organizações comprometidas com o socialismo e com outra ordem internacional, a mobilização interna e externa em torno de temas de nosso interesse, a ação parlamentar e de governos no plano internacional. (...) Item 28: Este é o motivo principal pelo qual o PT seguirá investindo suas energias na existência e consolidação do Foro de São Paulo, organização criada em 1990” (Plano de trabalho da Secretaria de Relações Internacionais do PT, no próprio site do partido: http://www.pt.org.br/site/secretarias_def/secretarias_int.asp?cod=4836&cod_sis=9&cat=8)

O que houve com o Novo Mundo? Uma nova onda de populismo varre nossas terras, sendo o povo enganado por utopias que não deram certo em lugar algum do mundo; por planos (aborto, por exemplo) que vão contra suas mais caras concepções de vida; por chefes de Estado que, como Bachelet, mentem para se eleger; por ímpetos de nacionalismo, como o de Evo Morales, ao estatizar as petrolíferas na Bolívia, sem indenização à propriedade de outrem, nem satisfação a ninguém – some-se a isso a pirotecnia do exército boliviano que ocupou as instalações da Petrobras, e a assustadora vênia de Lula ao enorme prejuízo que causou ao Brasil seu colega e comparsa na comunização latino-americana. De fato, o presidente da República declarou ser “direito da Bolívia” nacionalizar o petróleo: noutros termos, é perfeitamente normal para Lula tomar o que é dos outros, exatamente como o MST, seu velho aliado e afilhado vem fazendo. Não nos surpreende, claro, pois é ponto-chave no socialismo o desrespeito ao domínio privado.

O que resta a fazer?

Cân. 750 – § 1. Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único depósito da fé confiado à Igreja, quando ao mesmo tempo é proposto como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer pelo seu magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum dos fiéis sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos têm a obrigação de evitar quaisquer doutrinas contrárias.

§ 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e acreditar também em tudo o que é proposto de maneira definitiva pelo magistério da Igreja em matéria de fé e costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor fielmente o depósito da fé; opõe-se, portanto, à doutrina da Igreja Católica quem rejeitar tais proposições consideradas definitivas.

Cân. 752 Não assentimento de fé, mas religioso obséquio de inteligência e vontade deve ser prestado à doutrina que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos, ao exercerem o magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os costumes, mesmo quando não tenham a intenção de proclamá-la por ato definitivo; portanto os fiéis procurem evitar tudo o que não esteja de acordo com ela.